sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A Lei e o Evangelho estão de mãos dadas


Um amigo internauta chamado Davi, após acessar meu site www.leandroquadros.com.br , fez as seguintes observações:


“Prof. Leandro Quadros: alguns blogs têm surgido contra o adventismo e pregado contra a Lei de Deus [...] Eles dizem que a lei foi abolida e trazem justificativas aparentemente novas, e que até parecem verdadeiras. [...] Afirmam que a Lei e a graça são totalmente contrárias. Logo, se cremos em um, não podemos crer no outro. No caso da lei e do sábado, ao mostrarmos versos que provam ser o sétimo dia ainda importante para nossa experiência cristã, dizem que o nosso descanso atual é Cristo. Como posso responder a esses críticos?” (Adaptado).

A seguir, minha breve resposta dada a ele, e que compartilho com você aqui no blog do programa “Na Mira da Verdade”:

Tais críticos fazem uma falsa dicotomia entre a Lei e o Evangelho. Podemos provar isso (claro: muitos são teimosos e rebeldes e não aceitam) lendo apenas alguns textos, na seguinte linha de raciocínio:

1º) Em Romanos 3:19, 20 Paulo diz que não somos salvos pela lei porque a função dela é nos dar conhecimento de que somos pecadores. Essa função da lei é novamente apresentada pelo apóstolo em Romanos 7:7.

2º) Em complemento a isso, Paulo diz em Romanos 7:12 que a Lei é “santa, justa e boa”, ou seja: ela reflete o caráter de Deus, seu Legislador (Is 33:22): um caráter santo, justo e bom.

3º) Já em Romanos 7:14, ele afirma que a lei é “espiritual”. Isso significa que ela é de origem divina. Desse modo, a lei deve ser observada espiritualmente, pela fé (Rm 1:5 e 16:26) e jamais como um “meio” de salvação (Ef 2:8-9; Gl 3:1-3).

Agora, veja como a Lei e o Evangelho estão de “mãos dadas”:
É a partir do momento em que contemplamos a lei e vemos o quanto somos pecadores por não conseguirmos viver 100% dentro dos padrões dela, é que sentimos a necessidade de um Salvador, que é Cristo – e mais ninguém! (At 4:12). Se tirarmos a Lei de nossa experiência cristã, não teremos aquele “espelho” que mostra nossa condição pecaminosa para que corramos para os braços de Jesus – o único que pode “nos limpar” por Sua graça e Justiça (Rm 3:25, 26).
 Além disso, se a Lei tivesse sido abolida, a cruz perderia todo o sentido. Afinal, Cristo teria morrido para pagar o quê? Por qual pecado Ele teria morrido se não houvessem padrões morais que tivessem sido transgredidos pela humanidade? Como bem disse Paulo em Romanos 5:13: “o pecado não é levado em conta quando não há lei”. Sendo que há pecado, isso prova que existe uma Lei que é transgredida e pela qual o próprio Deus pagou para nos dar a vida eterna em Cristo!

A respeito desse assunto, assim se posicionou uma Bíblia de Estudo evangélica (de não observadores do sábado), em uma nota de rodapé a respeito de Romanos 3:31:

“As leis morais de Deus não são abolidas pelo evangelho de Cristo. Ao invés disso, todo o plano de salvação, incluindo a obediência de Cristo à Lei por nós e sua morte para pagar a penalidade por termos violado a Lei, mostra que os padrões morais de Deus são eternamente válidos.” (Bíblia de Estudo Plenitude. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2001, p. 1155).

Percebeu a incoerência dos críticos em tentarem anular a Lei de Deus, ainda mais tendo em vista as palavras de Jesus em Mateus 5:17-19?

Desse modo, o fato de o sábado ser um símbolo do descanso espiritual que desfrutamos em Jesus todos os dias (Hb 4) em nada afeta o mandamento. Continuamos tendo essa obrigação moral e espiritual para com
Deus (Ex 20:8-11; compare com Ap 14:6, 7 e 12) como sinal de nossa aliança de amor e respeito a Ele (Ez 20:12, 20, 21).

Prova disso encontramos em Hebreus 4, onde o autor, para nos impulsionar a descansarmos em Jesus, utiliza-se do sábado e não do domingo para ilustrar o descanso em Cristo, pela fé nEle.

Se o domingo tivesse sido usado como símbolo do repouso espiritual, teríamos de concordar com os críticos. Porém, esse não é o caso e, por isso, eles precisam ser humildes em reconhecer que estão errados em ensinar a abolição da lei, permitindo que o Espírito ilumine a mente deles. Não tenho dúvidas de que a oração do Salmo 119:18 deveria fazer parte da rotina espiritual dos antinomistas (que são contrários à nomos – o mesmo que lei, quando traduzido do grego para o português):

“Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei.”
Espero que essas breves considerações o tenham ajudado. Para se aprofundar mais no assunto recomendo a leitura do excelente capítulo escrito por Mário Veloso no Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia
(Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011, p. 510-548), intitulado “A Lei de Deus”. O 14o capítulo, intitulado “O Sábado” (p. 549-597), escrito por outro grande teólogo, Kenneth A. Strand, também apresenta a doutrina do sábado de maneira profunda, cristocêntrica e irrefutável

Fonte: http://novotempo.com/namiradaverdade/2012/11/29/a-lei-e-o-evangelho-estao-de-maos-dadas/

Missão Calebe tem hino oficial




O projeto Missão Calebe do Ministério dos Jovens Adventistas em oito países da América do Sul que incentiva ações de cidadania e evangelismo durante as férias tem um hino oficial. A música que expressa o sentimento dos jovens que participam do projeto foi escrita por Felipe Tonasso.


O projeto Missão Calebe recebe esse nome devido ao personagem bíblico chamado Calebe. O líder hebreu, juntamente com Josué, foi um dos espias que verificou a terra de Canaã antes de o povo israelita antigo seguir sua peregrinação. Sua história ficou marcada pela coragem que teve de ajudar a guiar o numeroso grupo sem saber exatamente quais perigos enfrentaria, mas, segundo a Bíblia, com profunda confiança em Deus.


O mesmo conceito é transmitido aos jovens que participam. Durante suas férias escolares, são incentivados a doar um pouco de tempo para serem úteis à sociedade e utilizarem suas habilidades para tornar melhor a vida da comunidade, tanto sob o ponto de vista social quanto espiritual.

Missão Calebe tem suas ações intensificadas nos meses de janeiro e fevereiro especialmente nas regiões sudeste, sul e nordeste do Brasil, Peru, Argentina, Chile, Bolívia. Cerca de 70 mil jovens na América do Sul vão participar.

 Ouça o hino oficial Missão Calebe

 FONTE: http://www.portaladventista.org/portal/asn---portugu/7797-missao-calebe-tem-hino-oficial

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Ator de “Two and a Half Men” torna-se adventista

Los Angeles, EUA ... [ASN] Repercute no mundo do entretenimento testemunho dado pelo ator Angus Jones, que faz o personagem Jake no seriado norte-americano Two and a half men, do canal CBS. Em entrevista ao canal virtual Forerunner Chronicles, em outubro desse ano, o ator falou sobre sua crescente fé em Deus, em como esta tem afetado sua vida e aconselhou aos fãs: "não assistam mais a Two and a Half Men". Também falou em programas da Igreja Adventista do Sétimo Dia. O rapaz foi batizado recentemente na Igreja na região de Los Angeles, nos Estados Unidos.

"Se eu não estou fazendo o trabalho de Jesus, Deus pode me levar agora, já posso morrer. Não quero contribuir para o plano dos inimigos. Eu até poderia pensar, 'posso ser um cristão e trabalhar na série', mas, não. Não posso. Você não pode ser um bom cristão estando em um programa de televisão como esses. Eu sei que não posso", disse ele, hoje com 19 anos, há 15 trabalhando como ator. Durante a entrevista, editada em vídeo com meia hora de duração, Jones fala longamente sobre os caminhos que o levaram à religião, fé abraçada com força por ele nos últimos meses graças a supostos sinais que teria recebido de Deus.

"No dia 22 de janeiro, eu estava conversando com um amigo e, na época, não sabia se continuaria no programa ou se iria para a faculdade. Ele me disse que, se estivesse no meu lugar, continuaria na série por causa da situação da sua família. Aquilo me atingiu de uma forma interessante, porque esse cara é um guitarrista muito talentoso que sequer tem amplificador. Depois ele ficou me perguntando um monte de coisas e logo percebi que não era ele e, sim, Deus falando por ele", explicou.

A informação de hoje, quarta-feira, 28, é a de que Angus Jones se desculpou pelos ataques feitos à série em um vídeo que foi divulgado recentemente na internet. "Eu peço desculpas se fui desrespeitoso com meus colegas. Nunca foi minha intenção". Angus disse ainda ser grato por ter trabalhado com a equipe pelos últimos 10 anos, e afirmou que as pessoas se tornaram parte de sua família. "Tive lições de vida de muitos deles, e nunca esquecerei o impacto positivo que eles tiveram na minha vida."

Posicionamento adventista - O diretor de comunicação da Igreja Adventista na América do Norte, George Johnson, disse, em nota oficial, que os adventistas estão felizes com a presença de Angus Jones e que desejam proporcionar um bom ambiente para ele exercer sua fé. Sobre seus comentários a respeito do programa, Johnson disse que os mesmos refletem o ponto de vista do ator. [Equipe ASN, Felipe Lemos, com informações do Portal Terra]


Veja o testemunho em vídeo com legenda


















Fonte:http://portaladventista.org/portal/asn---portugu/7783-ator-de-seriado-da-testemunho-sobre-sua-fe-

Mãe vende filho por 300 reais. Merece perdão?

Um bebê foi vendido pela mãe por trezentos reais. O recém-nascido teria sido negociado pela internet e o dinheiros já tinha sido depositado na conta da mãe para comprar o enxoval do bebê e pagar uma cirurgia de laqueadura. A criança foi encontrada pela polícia em Glória de Dourados, no Mato Grosso do Sul e entregue para o pai. A mãe vai responder pelos crimes de abandono de incapaz e adoção ilegal. Já a outra mulher, por adoção ilegal e subtração de incapaz. Se forem condenadas, as duas podem cumprir pena de aproximadamente três anos, segundo o delegado. O fato ocorreu no dia 8 de novembro, noticia o site Meio Norte. A mulher que vendeu e a que comprou a criança merecem perdão?
Filho e pai
Amor: Pai recupera filho vendido.
Em Mateus 18:21 está a pergunta de Pedro: “Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?” E no verso seguinte (22) Jesus lhe respondeu: “Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.” 
“Setenta vezes sete” é tradução da expressão grega he-bdomekontákis heptá, que tanto pode ser traduzida por “setenta vezes sete” quanto “setenta e sete” A seguir, vejamos a opinião de comentaristas bíblicos:
Evidentemente, o número em si não é importante, pois é meramente simbólico. Qualquer das cifras [490 ou 77] se harmoniza com a verdade aqui ensinada, ou seja, que o perdão não é assunto de matemática, nem de regras ou leis, mas de atitude.
[...] Se o espírito de perdão move o coração, uma pessoa estará tão disposta a perdoar alguém arrependido pela oitava vez como esteve na primeira vez, ou na vez 491 como esteve na oitava. O verdadeiro perdão não está limitado por números. Além disso, não é o ato que vale, mas o espírito que o motiva.
Nada pode justificar um espírito não per-doador” (Comentário Bíblico Adventista dei Séptimo Dia, v. 5. Boise: Pacific Press Publishing Association, 1987, p.438).
Segundo os ensinos da literatura judaica, a regra observada entre os judeus era três vezes; e, quando Pedro falou em ‘sete vezes! como padrão possível, sem dúvida pensou que sua regra fosse extraordinariamente generosa. As citações [a seguir] ilustram a atitude dos judeus: ‘Se um homem pecar, a primeira vez eles o perdoam; a segunda vez eles o perdoam; a terceira vez eles o perdoam; mas da quarta vez não perdoam, de acordo com Amós 2:6 e Jó 33:29′ (T. Bab. Yoma, foi. 86:2. Mainon. Hilch. Teshuba, c. 3, sect. 5). E também: ‘Quem diz que cometeu pecado e se arrepende, eles o perdoam até três vezes, e não mais que isso’ (Aboth R. Nathan, c. 40, foi. 8).
A vingança ilimitada do homem [sem Cristo] cede lugar ao perdão ilimitado dos cristãos. O perdão é qualitativo, e não quantitativo” (R. N. Champlin, O Novo Testamento Interpretado, v. 1. São Paulo: Candeia, 1995, p. 472,473).
Sobre este assunto, importante é a lição ensinada por Jesus Cristo: O perdão não é questão de número, mas de atitude. Devemos perdoar quantas vezes forem necessárias (como Deus faz conosco).
Seja feliz!
J.Washington
Ozeas C. Moura

Fonte:http://novotempo.com/novachance/2012/11/23/300-reais/


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A Lei de Deus foi abolida por Cristo? 09.10.2012

O texto de Isaías 17 é uma profecia referente à guerra no Oriente Médio?

Se a carne e sangue não herdarão o céu, como afirmar que vamos para o céu com o nosso corpo?

Em Marcos 4:12 diz que Deus não queria que o povo se convertesse?

Mateus 19:12 afirma que Deus é a favor da homossexualidade?

Existe a predestinação? Deus escolhe alguns para salvação e outros para perdição?

Deus mandou entregar o espírito do pecador ao diabo?

Quando pedimos algo a Deus,fazemos jejum e ele nos concede o que pedimos, isso é a vontade de Deus?


Em Mateus 24, o que significa o principio das dores? Isso já está acontecendo atualmente?


Você e eu NUNCA viveremos sem um intercessor

Haverá um momento em que o ser humano deixará de ter a Jesus como seu intercessor? Sim e não.

Existe um grupo de cristãos bem intencionados, porém, fanáticos, que prega ser possível os filhos de Deus chegarem a um nível de perfeição que os capacitará a estarem firmes sem a mediação (Cf. 1Tm 2:5) de Cristo no período da grande tribulação.

Esse grupo de pessoas desconsidera Hebreus 7:25 que claramente afirma ser isso impossível:
“Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.”

Perceba que o versículo dá a ideia de uma intercessão contínua, sem interrupções. Dessa maneira, os justos poderão estar certos da intercessão de Cristo e da presença do Espírito Santo na vida deles no momento em que passarem pela grande tribulação (Ap 7:13, 14) e enfrentarem o sinal da besta (Ap 13:1-17). [Noutra oportunidade escreverei sobre isso com mais detalhes].

Nunca você e eu conseguiríamos suportar a grande tribulação com nossas próprias forças. Mesmo que tenhamos sido libertos do poder do pecado (Rm 6 e 8), ainda não teremos sido libertos da presença do pecado (veja o conflito de Paulo em Rm 7, mesmo depois de convertido), que ocorrerá apenas na glorificação, por ocasião da segunda vinda de Cristo, quando Ele transformará nosso corpo e nossa natureza (1Co 15:51-55; 1Ts 4:13-18).

Enquanto estivermos na presença do pecado, haverá dentro de nós uma natureza pecaminosa que fará nossos atos de justiça sempre parecerem trapos sujos (Is 64:6) e, por isso, sempre necessitaremos da misericórdia e trabalho de intercessão de Cristo para vencermos.
DISTORCENDO ELLEN G. WHITE

Por incrível que pareça, alguns veem nos escritos da co-fundadora do adventismo aquilo que não existe. Um dos textos que não dizem aquilo que os “perfeccionistas” pensam, encontramos, por exemplo, no livro

Grande Conflito, p. 614 (Casa Publicadora Brasileira, 2009). Destacarei algumas frases para que durante a leitura você note o contexto geral e compreenda corretamente o que a escritora quis transmitir aos leitores:

“Deixando Ele o santuário, as trevas cobrem os habitantes da Terra. Naquele tempo terrível os justos devem viver à vista de um Deus santo, sem intercessor. Removeu-se a restrição que estivera sobre os ímpios, e Satanás tem domínio completo sobre os que finalmente se encontram impenitentes. Terminou a longanimidade de Deus. Os ímpios passaram os limites de seu tempo de graça;

Espírito de Deus, persistentemente resistido, foi, por fim, retirado [dos ímpios, não dos justos]. Desabrigados da graça divina [os ímpios], não têm proteção contra o maligno [os ímpios] [...]“.

O contexto é claro como o Sol ao meio-dia. A autora está dizendo que, no momento em que Cristo sair do santuário celestial para buscar Seus filhos, após a conclusão de Sua Obra Meditadora e Judicial (Cf. Jo 5:22), será removida a “restrição que estivera sobre os ímpios” (O Grande Conflito, p. 614), de modo que Satanás terá “domínio completo sobre os que finalmente se encontram impenitentes” (Ibidem).
Segundo Ellen White, os ímpios é quem ficarão sem um intercessor para o perdão de seus pecados e para 

refreá-los de fazer o mal (devido à contínua rejeição dos apelos do Espírito). Não os justos que, de acordo com Hebreus 7:25, sempre contarão com a intercessão e auxílio de Cristo!

Os justos ficarão sem um intercessor não para perdoá-los, mas, para refrear os ímpios. Na ausência do poder refreador do Espírito Santo, após a saída de Cristo do Santuário Celestial (Dn 12:1,2), os maus ficarão sem um intercessor e sem a presença do Espírito de modo que se tornarão mais maus ainda, ao ponto de perseguirem com mais violência o povo de Deus fiel à Sua Palavra e à Sua Lei (Cf. Ap 12:17; 14:12).

Como bem escreveu o Pr. Morris Venden em seu livro Nunca Sin Un Intercesor: las buenas nuevas acerca del juicio (Buenos Aires, Argentina: Asociacion Casa Editora Sudamericana, 1998), p. 60:
 “Alguns têm chegado a conceber a ideia de que necessitaremos de uma grande reserva de justiça em nossas baterias [...] como uma forma de guiar-nos através desse tempo (de prova, de grande tribulação), quando seremos nossos próprios donos. Essa é uma grosseira distorção da mensagem real do evangelho. Pode conduzir a um desânimo real as pessoas débeis e a uma grande surpresa os mais fortes”.

Como pode ver amigo (a) leitor(a), além de distorcer o evangelho, tais “perfeccionistas” distorcem o que Ellen G. White escreveu, e terão de dar contas a Deus, caso se recusem a ler o texto e aceitá-lo como ele é.

NOSSO MAIOR PECADO NÃO É A TRANSGRESSÃO DA LEI
Não há dúvidas de que pecado é a “transgressão” da eterna Lei de Deus, de acordo com 1 João 3:4. Porém, a Bíblia não apresenta apenas esse conceito para pecado.

O termo é abarcante em seu significado (não tratarei do assunto de maneira detalhada no momento) e podemos ver na Bíblia que tanto Jesus quanto Paulo apresentaram conceitos ainda mais amplos, além daquele que encontramos em 1 João 3:4. Veja os textos a seguir:
“Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não 

creem em mim(Jo 16:8-9).
“Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque o que faz não provém de fé; e tudo o 

que não provém de fé é pecado.” (Rm 14:23).

Afirmar, com base nesses textos, que pecado é apenas desobediência à Lei Moral é violentar o texto bíblico. Em João 16:8-9, Jesus afirma que o pecado principal que o ser humano precisa vencer é o pecado de não crer em Jesus. A essência do pecado é desconfiar de Deus e confiar em si mesmo (leia Gn 3:1-8).

Nossa maior luta não deve ser para “não errar” e sim para permanecermos em Jesus todos os dias, a todo instante. Em João 15 aprendemos que esse relacionamento entre nós e Ele é que nos capacitará a não praticarmos os “pecados” propriamente ditos, na mesma frequência e intensidade que aqueles que não aceitaram a graça. Sem Jesus nada podemos fazer, diz o Salvador em João 15:5.

Já o apóstolo Paulo, em Romanos 14:23, afirma que pecado é não viver pela fé (isso envolve não viver pela fé em Cristo, claro). A maior luta contra o “eu” não é simplesmente “não cometer erros”, mas, viver pela fé em toda e qualquer circunstância (1Pe 4:12-14). É sim confiar em Deus quando tudo está aparentemente perdido (Sl 23:4; 27:3; Sl 46:1-3) e quando parece que nunca iremos conseguir vencer aquilo que está nos derrotando (Sl 73:26; Rm 8:31-39).

Perceba que, tendo um conceito correto do que é o pecado, não iremos enfatizar o nosso comportamento. Saberemos que nosso maior pecado é não estar com Jesus (Jo 16:8, 9; Rm 14:23) e que a vitória sobre essa tendência humana, de viver afastado de Deus (Is 59:2), é que nos tornará vitoriosos sobre as coisas erradas que fazemos (Cf. 2Co 5:17). E isso unicamente pela graça divina, que através do Espírito Santo escreve em nosso íntimo os princípios morais de Deus, expressos nos Dez Mandamentos (Hb 8:10).

Se entendermos o significado amplo do que significa o pecado, também saberemos que o mal habita em nós desde o nascimento (Sl 51:5), e que precisaremos desesperadamente de Jesus por toda a nossa vida – até mesmo quando Ele concluir Sua obra no santuário celestial. Até Cristo voltar teremos coisas a mudar em nós, segundo Apocalipse 22:11: “[...] e o santo continue a santificar-se” (Ap 22:11, última parte).
PRECISAMOS SER HONESTOS PARA VENCERMOS NOSSOS PECADOS

Não é se apegando a uma heresia que iremos mascarar diante de Deus, das pessoas e de nós mesmos, a nossa luta contra o pecado. Precisamos ser honestos em reconhecer que jamais conseguiremos ser libertos da presença do pecado enquanto Jesus não voltar e glorificar nosso corpo (1Co 15:51-55; 1Ts 4:13-18).

Quando você e eu reconhecemos que temos um problema, damos o primeiro passo para a vitória. Somente ao aceitarmos que somos essencialmente pecadores (Cf. Rm 3:9-20) e que nossas justiças manchadas pelo pecado são “como trapo da imundícia” (Is 64:6), é que nos sujeitaremos a Deus (Tg 4:7) para que Ele efetue em nós tanto o “querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2:13).

Santificação (Cf. Rm 6:22; Hb 12:14) é se tornar parecido com Jesus todos os dias (Cf. 2Co 5:17). Esse processo chegará ao fim somente quando Cristo voltar. Nunca seremos plenamente como Ele enquanto não formos glorificados (transformados) na segunda vinda (Cf. Fp 3:20, 21).

Portanto, se você for um cristão “perfeccionista”, precisa aceitar que tem um problema maior por trás de sua vida. Há algo mais por trás de suas teorias e conceitos, e que lhe impulsiona a adotar uma crença errada como uma espécie de “fuga” psíquica.

Tire a máscara diante de Deus e será um(a) vitorioso(a). Receberá dEle forças para vencer o poder do pecado, não sendo um escravo dele a todo instante (1Jo 3:9). Continuará sendo um pecador, dependente da graça de Cristo, até o dia em que Ele voltar e completar a obra dEle em você, na glorificação. Entretanto, Ele completará a obra que começou em você (Fp 1:6; Jd 24).

Crer nisso é fundamental para reconhecermos nossa incapacidade, como o fez Paulo (Rm 7), a fim de que seja mantida nossa dependência total de Deus, bem como nossa humildade. Do contrário, o mesmo autor de 1 João 3:9 não teria escrito 1 João 1:8 para lembrar-nos de que, apesar de obtermos a vitória sobre o poder do pecado, precisamos nos mantermos humildes porque até Cristo voltar estaremos na presença do pecado:

“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.” (Cf. Ap 22:15).

Para o apóstolo João, ignorar esse fato e viver iludido de livre vontade é ser um mentiroso. É se enganar. É se iludir com a “salvação pelo comportamento” (Ef 2:8, 9), que cria na pessoa um espírito crítico, que a faz olhar mais para o que as pessoas fazem do que para o que elas sentem (Cf. Mt 7:1; Lc 6:37; Jo 7:24). Além disso, o perfeccionismo leva à frustração e à descrença (não em todos os casos) porque o indivíduo, com seus 90 anos, ao olhar para si, percebe que ainda não se tornou “perfeito” da maneira como ele pensava que se tornaria.

Tenha muito cuidado com o legalismo. Apegue-se à graça de Cristo para que inclusive a sua obediência seja acompanhada pela fé, como recomenda Paulo em Romanos 1:5 e 16:26. A fé no intercessor Jesus precisa nos acompanhar em todas as fases de nossa salvação se quisermos ser vitoriosos de verdade, recebendo através dessa fé uma vitória que é dEle e que nunca virá de nós mesmos:
“Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.” (Rm 8:37)

Por isso, muito mais que lutar com Deus (que é importante), precisamos permitir que Ele lute por nós. Isso é se entregar completamente nos braços graciosos do Pai para ser salvos (Jo 3:36) e transformados por Ele (Ef 2:10; Tt 3:7, 8; 2Co 5:17). Nisso encontrarmos a verdadeira paz, força e motivação para nos tornarmos ainda melhores. Afinal, é “o amor de Cristo [que] nos constrange, porque estamos convencidos de que 
um morreu por todos; logo, todos morreram” (2Co 5:14).


http://novotempo.com/namiradaverdade/2012/11/07/voce-e-eu-nunca-viveremos-sem-um-intercessor/